CARIMBA! A incrível trajetória do Fortaleza, da Série C à final da Sul-Americana

CARIMBA! A incrível trajetória do Fortaleza, da Série C à final da Sul-Americana
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Houve um tempo sombrio na história do Fortaleza, quando o clube, após uma campanha desastrosa na Série B de 2009, caiu para a Série C do Brasileirão. No primeiro ano na nova divisão, as esperanças foram despedaçadas, com uma eliminação prematura ainda na primeira fase.

Por sete longos anos, o Fortaleza manteve a liderança de sua chave na Série C, mas, cruelmente, era eliminado nas fases seguintes, deixando os torcedores em constante decepção. Em 2013, a queda ocorreu novamente na primeira fase, e em 2012, o clube escapou por pouco do rebaixamento para a Série D do Brasileirão, o que teria sido praticamente o fundo do poço.

A redenção do Fortaleza

Foi então que o Fortaleza decidiu dar um giro em sua sorte sombria. A diretoria resolveu contratar nomes conhecidos com passagens por grandes clubes, com a intenção de infundir experiência à equipe e finalmente afastar a fama de eterna decepção para seus torcedores. Com a chegada de Antônio Carlos Zago, Vinicius Pacheco, entre outros importantes jogadores, o clube começou a escrever um novo capítulo em sua história. Eles lideraram o Fortaleza na eliminação do Tupi nas quartas de finais, um marco crucial que pôs fim a uma espera de sete longos anos. Finalmente, o Fortaleza estava de volta à Série B, renovando as esperanças e reacendendo a paixão de sua torcida. Agora, os planos da equipe começavam a ser diferentes.

O primeiro ano da volta para a Série B

A virada de chave na história do Fortaleza continuou com uma decisão ousada: o desligamento de Antônio Carlos Zago, que outrora era visto como um dos principais nomes do clube, para dar lugar a uma lenda do futebol, Rogério Ceni. O ex-jogador vinha de um momento conturbado no São Paulo e buscava uma retomada de sua carreira, desta vez com um time em uma situação bem diferente. Com um planejamento renovado, o clube estava praticamente obrigado a reformular o elenco visando uma campanha sólida na Série B de 2018.

O bom desempenho não demorou a aparecer, e na sua primeira temporada de volta à segunda divisão, o Fortaleza foi soberano. Liderando a competição de forma isolada, o clube conquistou o título da Série B, marcando um feito histórico. Essa vitória não apenas marcou a primeira conquista nacional do time, mas também dissipou o trauma do ano anterior, quando o Fortaleza havia perdido a final da Série C para o CSA. Foi um momento de redenção e glória que solidificou a ressurreição do Fortaleza no cenário do futebol brasileiro.

Em 2019, Fortaleza se viu obrigado a não repetir o passado

De volta à elite do futebol brasileiro, o Fortaleza passou por mais uma reformulação, mas manteve a confiança em seu treinador, Rogério Ceni. Na primeira divisão, o clube estava determinado a evitar a repetição do passado, no qual era visto como uma equipe que constantemente travava batalhas contra o rebaixamento e que era figura constante nas partes inferiores da tabela. Na volta à Série A, as previsões apontavam o Fortaleza como candidato ao rebaixamento, mas a realidade surpreendeu a todos.

O time teve um desempenho notável, conquistando a nona colocação na tabela e garantindo uma vaga na Copa Sul-Americana. Esta foi uma conquista histórica para o clube, marcando a primeira participação em uma competição internacional em toda a sua história.

A primeira participação na Copa Sul-Americana

Na sua estreia na Copa Sul-Americana, o Fortaleza enfrentou o desafio de encarar o Independiente, um time de tradição no futebol sul-americano. Embora tenham sido eliminados na primeira fase, ficou claro que o clube tinha o potencial para almejar voos mais altos. Entretanto, naquele mesmo ano, o desempenho do Fortaleza no Brasileirão foi abaixo das expectativas, e o risco de rebaixamento pairava sobre o clube.

Diante dessa situação crítica, a diretoria reconheceu a necessidade de mudanças e optou por uma guinada decisiva. Enderson Moreira, que havia treinado o Fortaleza acabou deixando o cargo de treinador, abrindo espaço para a contratação de Juan Pablo Vojvoda, um treinador argentino relativamente desconhecido, mas que se mostraria uma aposta audaciosa para o próximo capítulo da história do Fortaleza.

A primeira temporada de Vojvoda

Após uma temporada de sucesso no clube chileno Unión La Calera, Juan Pablo Vojvoda despertou o interesse do Fortaleza. No início de sua trajetória no comando da equipe, ele era cercado de desconfianças e incertezas, mas logo deixou claro seu valor. Em seu primeiro ano à frente do time, Vojvoda conquistou um feito impressionante, levando o Fortaleza a um histórico quarto lugar na Série A do Brasileirão.

Esse desempenho notável não apenas surpreendeu a todos, mas também garantiu ao clube a sua primeira participação na Copa Libertadores, um marco significativo na trajetória de um Fortaleza que havia renascido das cinzas. Ao longo dos últimos anos, o argentino vem se tornando peça fundamental na equipe e se tornando aos poucos um dos maiores treinadores da história.

Títulos pelo clube

Desde a sua chegada ao Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda já conquistou três títulos estaduais e uma Copa do Nordeste, solidificando sua posição como um dos treinadores mais bem-sucedidos da história recente do clube. Agora, ele está às portas de um novo e emocionante capítulo, com a possibilidade de conquistar seu primeiro título internacional com a equipe e, ao mesmo tempo, marcar o seu primeiro na carreira.

Otávio Silva Otávio Silva

Estudante de jornalismo com experiência em assessorias de imprensa e em portais de noticias. Apaixonado por escrever sobre esportes, mas com uma paixão ainda maior pelo futebol. Gaúcho de Porto Alegre e admirador do futebol raiz.

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