O Flamengo segue em busca do seu novo treinador para a temporada e alguns nomes já começam a circular como provável escolhido para comandar a equipe no restante da temporada. Porém, além de ter que reestruturar uma equipe que não vem de bons resultados nas competições, incluindo derrotas em todas as finais que disputou e uma eliminação precoce no Mundial de Clubes, existe outra estatística negativa que irá acompanhar o novo treinador. O clube, desde 2011, não sabe o que é iniciar e terminar o ano com o mesmo profissional no comando da casamata Rubro-Negra.
Último a começar e iniciar uma temporada no comando do Flamengo
O último a conseguir este feito foi Luxemburgo, que em 2011 iniciou e terminou a temporada no comando da equipe. Na época, o Flamengo, assim como na atual temporada, tinha nomes consagrados do futebol brasileiro como Ronaldinho Gaúcho e Felipe, ex-jogador do Corinthians. O clube foi campeão do Campeonato Carioca, chegou até as quartas da Copa do Brasil, parou nas oitavas da Copa Sul-Americana e foi quarta colocada no Brasileirão. O aproveitamento geral ao longo daquele ano foi bastante razoável, chegando aos 70%. Além disto, foi a época em que Patrícia Amorim era a presidente do clube.
Apesar do bom desempenho no ano anterior, Vanderlei Luxemburgo não ficou no cargo, sendo substituído por Joel Santana, que depois saiu para a entrada de Dorival Jr. O clube naquele ano ainda teve Jayme de Almeida, como interino em algumas partidas. Zé Ricardo até conseguiu permanecer durante um ano no cargo, mas chegou ao clube em 2016, em meio a temporada, após Jayme de Almeida não ser efetivado como treinador, e não conseguiu completar o ano de 2017 no comando da equipe.
Média preocupante de troca de treinadores
A média do clube, nos últimos 11 anos também é alta, o que mostra a pressão que um treinador do Flamengo sofre quando assume a missão de comandar o time. Durante o período de 2012 até 2022 foram, em média, três trocas no comando técnico da equipe e com a recente mudança de treinador, a tendência é que este número continue alto por enquanto.
Vale lembrar que até mesmo na temporada em que Jorge Jesus esteve no comando da equipe, o treinador não chegou no início do ano no clube. O Flamengo naquela época esteve no primeiro semestre com Abel Braga, que vinha de bons desempenhos nos clubes em que passou, mas que não resistiu a pressão e foi substituído por Jorge Jesus, que no dia 15 de julho foi anunciado como novo treinador do clube carioca.
A notícia positiva, em meio a este número tão alto, é de que o número de trocar no comando da equipe vem caindo ao longo dos anos. Por exemplo, no entre 2012 e 2018, o clube teve três trocas de comando em média, sendo que em 2012 e 2013 chegou a ter quatro mudanças e em 2015 impressionantes cinco treinadores no mesmo ano. De 2019 para cá, porém, a média é de dois treinadores por temporada, o que já um número significativo, já que alguns clubes da Série A do Brasileirão estão com o mesmo treinador a pelo menos ano, apesar do histórico de muitas mudanças no comando técnico da equipe.
Aproveitamento de Vitor Pereira explica demissão do Flamengo
Na atual temporada ainda tivemos um recorde negativo de Vitor Pereira, que conseguiu o pior aproveitamento entre os técnicos contratados pelo clube. Ele teve 57% de aproveitamento, superando os desempenhos negativos de Rogério Ceni (59%) e de Domènec Torrent, que teve 63%.
