Nessa quarta-feira (4), o Ministério Público de Portugal a condenação do criador da plataforma esportiva Football Leaks, Rui Pinto. O MP considerou provados a grande maioria dos crimes que ele foi acusado.
Durante as investigações, o Ministério Público não conseguiu provar apenas um crime, o de sabotagem informática à SAD do Sporting. O trabalho do MP vem desde 2020 e encontrou 90 crimes cometidos por Rui Pinto, 89 comprovados.
O hacker obteve acesso ilegal aos e-mails de funcionários do Sporting, inclusive do presidente Bruno de Carvalho, além do então treinador Jorge Jesus. Entretanto, não foi por isso que o sistema do clube caiu, conforme se imaginava à época.
Rui Pinto não foi o único a ter crimes provados pelo Ministério Público de Portugal, o advogado Aníbal Pinto também será condenado pelo crime de extorsão na forma tentada. Ele estava também no mesmo processo que o hacker.
Ministério Público de Portuga pede a prisão de criador da Football Leaks
A Football Leaks é uma plataforma que conseguiu informações privilegiadas sobre negociações do futebol europeu. Rui Pinto, expôs algumas “manobras” fiscais utilizadas por grandes nomes do futebol mais rico do mundo.
Segundo o Ministério Público de Portugal, Rui Pinto cometeu 90 crimes, divididos em 68 de acesso indevido,14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, uma sabotagem informática e uma por extorsão, na forma tentada.
Veja o que disse Marta Viegas, procuradora do Ministério Público de Portugal, em suas alegações finais sobre os crimes que cometeu Rui Pinto:
Rui Pinto aproveitou os seus conhecimentos informáticos, que adquiriu de forma autodidata, para aceder a sistemas informáticos e servidores, sem autorização.
Ela ainda complementou que o hacker utilizou das informações para obter vantagens financeiras, caracterizando a extorsão. Segundo ela, a informação foi “de forma seletiva, com vista à obtenção de vantagem patrimonial”.
Os acessos indevidos são de grandes organizações: Sporting, Doyen, Federação Portuguesa de Futebol, empresa de advogados PLMJ, Federação Portuguesa de Futebol e Procuradoria-Geral da República. Dessa forma que Rui Pinto conseguiu acesso a dados confidenciais.
A sabotagem informática foi à SAD do Sporting, única não comprovada e a extensão tentada foi à Doyen, que também sofreu um dos acessos indevidos por Rui Pinto, o qual pediu dinheiro em troca das informações que conseguiu da grande fundo de investimentos do futebol europeu.
Com as alegações finais de Marta Viegas ao coletivo de juízes, deverá ser confirmada a prisão de Rui Pinto, de 34 anos, que pode chegar a seis anos.
